Junho de 1940. Um mês farto em declarações de guerra e corte de relações diplomáticas. A agonia da França.

O mês de Junho de 1940, foi um mês farto em declarações de guerra e corte de relações diplomáticas. No dia 10, a Itália, ganha finalmente coragem para declarar guerra á França. Com os franceses debilitados e a tentar responder a um inimigo brutal que já bombardeava Paris, era mais cómodo e seguro para Mussolini, mostrar agora a sua sempre tímida força. E assim seria ao longo de toda a guerra. Os italianos apenas mostravam alguma destreza militar, quando se sabiam bem acompanhados e protegidos pelo aliado alemão. Mussolini, embora Duce idolatrado por milhões de italianos, era na verdade um homem fraco interiormente e que tinha alcançado o poder á custa da tirania e do terror. Na verdade, Hitler, não revelava grande amizade e confiança neste tirano italiano, que considerava um lider fraco e exitante. Mas a Itália, vivendo o sonho alemão como se fosse seu, declara ainda guerra ao Reino Unido.

Maio de 1940. Invasão da Bélgica, Holanda, França e Luxemburgo. A Europa ocidental estava horrorizada!

Depois da ocupação Nazi, o governo norueguês abandona o país e estabelece exílio em Londres, a 5 de Maio. Já nesta altura da guerra, existiam vários generais alemães que se opunham, embora em segredo, a esta política espansionista de Hitler. Os riscos que corriam eram enormes e podiam seguramente custar-lhes a vida. Mas era vital informar o ocidente das intenções do ditador e por meios muito bem estudados, foi através do Vaticano que a notícia da próxima invasão da Bélgica, Holanda e França, se ficaram a saber.
 Os alemães, contudo, conseguiram decifrar as mensagens secretas, mas mesmo assim, Hitler não recuou. A sua confiança na supremacia germânica era inabalável. Prevendo o pior, vários lança-minas foram espalhando minas na costa holandesa para evitar, num futuro próximo, um esforço inglês de auxilio á Holanda.

Entretanto na Grã-Bretanha, o alistamento de tropas é prolongado até aos 36 anos. Nesta altura tão conturbada da Europa, é de assinalar o excelente sistema dos serviços secretos germânicos, mas devidamente "monitorizados" pelos serviços secretos ingleses que, diga-se em abono da verdade, prestaram um serviço vital, ao longo de toda a segunda guerra aos países aliados.
Mas os alemães não tinham tempo a perder e a 10 de Maio, iniciam a invasão da Bélgica, da França, do Luxemburgo e da Holanda! Era uma corrida contra o tempo e Hitler sabia que o factor surpresa iria apanhar desprevenidos os países ocidentais. Neste  dia ainda houve tempo para a Luftwaffe bombardear o Kent, no Reino Unido.


Inicio da construção de Auschwitz e invasão da Dinamarca e Noruega. Janeiro de 1940

Logo no inicio de 1940, os alemães criam mais um gueto judeu na cidade polaca de Lodz. É o segundo, em menos de um ano. Os bens essenciais como a carne, o bacon, o açucar e a manteiga, começam a ser racionados na Grã-Bretanha e na França. O General von Manstein, apresenta a Hitler o seu plano para a invasão da França, através das Ardenas. Um presente desejado! Entretanto, começam os trabalhos de construção do campo de concentração de Auschwitz, na Polónia.

A 1 de Março, a Alemanha ordena a invasão da Noruega e da Dinamarca. E a 12, a Finlândia assina um acordo de paz com a URSS e a 13, termina a chamada Guerra de Inverno.
No dia 16, pela primeira vez, os alemães bombardeiam Scapa Flow, na Escócia, causando as primeiras vítimas civís da segunda guerra.
Mas em Abril, Hitler decide-se mesmo pela invasão da Noruega e da Dinamarca. A 8 de Abril, a Noruega declara guerra á Alemanha e as tropas britânicas colocam as primeiras minas marinhas na costa da Noruega.

A 9 de Abril de madrugada os alemães invadem a Dinamarca e a Noruega iniciando a Operação Weserübung. A Dinamarca, rende-se no mesmo dia, pois era impossível suster o ataque alemão, dada a diferença de forças em combate. Na primeira batalha de Narvik, destróiers e aeronaves britânicos, conseguem realizar um ataque surpresa a uma força naval alemã, com bons resultados. E em 13 de Abril um novo ataque britânico, é coroado de êxito. No dia 14, tropas britânicas e francesas, desembarcam na Noruega. No dia 30 as mesmas tropas começam a evacuar o terreno, considerando impossível, nesta altura, enfrentar o poderio alemão.






Os primeiros deportados, o atentado contra Hitler e a invasão da Finlândia, marcaram o fim de 1939

 No seguimento da ocupação da Polónia, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia, declaram guerra á Alemanha, logo seguidos da França, depois de terem pedido aos alemães para retirar. Entretanto, o navio britânico SS Athenia é torpedeado por um submarino alemão e torna-se o primeiro navio afundado da segunda guerra.

Nesta altura, o Japão declara a neutralidade, tal como os EUA. A África do Sul e o Canadá, declaram guerra á Alemanha.

A invasão da Polónia


Os três vídeos acima, mostram várias etapas do rápido avanço das tropas alemãs, sob o olhar atento, mas submisso, do povo polaco.
Em 1 de Setembro de 1939, as tropas alemãs deram início á invasão da Polônia, marcando o início da Segunda Guerra Mundial.
Ficheiro:Wrzesien2.jpgA invasão culminaria com a dominação completa do país em 6 de outubro do mesmo ano. A operação foi iniciada em resposta a um suposto ataque polonês a uma estação de rádio, o que depois foi comprovado como um ardil dos nazistas para justificar a invasão. Durante a operação, em 17 de setembro, a União Soviética, seguindo uma cláusula secreta do Pacto Molotov-Ribbentrop, também declarou guerra á Polônia e deu início á Invasão Soviética da Polónia na parte leste do país. Em 3 de setembro, em resposta ás hostilidades, França e Reino Unido, seguidos por Canadá, Nova Zelândia e Austrália, entre outros, declararam guerra á a Alemanha Nazi.

A 17 de Setembro do mesmo ano, a União Sovietica invade também a Polónia. Nesta altura, completamente dominada, a Polónia deixou de existir ficando dividida ao meio, entre alemães e sovieticos. Os dois velhos inimigos, eram agora mais vizinhos do que nunca. No mapa, podemos ver o novo desenho da ex-Polónia, a Criatura Feia do Tratado de Versalhes, como afirmou Molotov, ministro dos negócios estrangeiros da URSS.

2ª Guerra Mundial


 

Quando a Primeira Grande Guerra terminou, foi chamada por muitos, incluíndo o presidente dos EUA, como a mãe de todas as guerras, porque ela havia, na sua brutalidade, mostrado os horrores dos combates e da destruição! Teria servido, pelas suas terríveis consequências, como exemplo para que não mais voltasse a acontecer uma guerra parecida.
Mas na   verdade, podemos dizer que a Segunda Grande Guerra, foi apenas a continuação da primeira, como afirmou sabiamente Winston Churchill. E foram vários os motivos que contribuíram para que esta nova e alargada carnificína acontecesse, passados menos de 20 anos.

O fim da 1ª Guerra Mundial

A partir de 1917 a situação começou a alterar-se, quer com a entrada em cena de novos meios, como o carro de combate e a aviação militar, quer com a chegada ao teatro de operações europeu das forças norte-americanas ou a substituição de comandantes por outros com nova visão da guerra e das tácticas e estratégias mais adequadas; lançam-se, de um lado e de outro, grandes ofensivas, que causam profundas alterações no desenho da frente, acabando por colocar as tropas alemãs na defensiva e levando por fim à sua derrota. É verdade que a Alemanha adquire ainda algum fôlego quando a revolução estala no Império Russo e o governo bolchevista, chefiado por Lenine, prontamente assina a paz sem condições, (Tratado de Brest-Litovski) assim anulando a frente leste, mas essa circunstância não será suficiente para evitar a derrota. O armistício que põe fim à guerra é assinado a 11de Novembro de 1918.
Em 1917, a Rússia abandonou a guerra em consequência do início da Revolução. No mesmo ano, os EUA que até então só participavam na guerra como fornecedores de todo o tipo de materiais, ao ver os seus investimentos em perigo, entram militarmente no conflito, mudando totalmente o destino da guerra e garantindo a vitória da Tríplice Entente. Calcula-se em 9 milhões o número de mortos e em 30 milhões o número de feridos no final da Primeira Guerra Mundial. As nações envolvidas estavam devastadas e arruinadas.

Mas, mesmo depois de todos os mortos e sacrificados, dos acordos e entendimentos políticos, as feridas sararam por fora, mas ficaram em carne viva por dentro, latejando. Assim, passados apenas 21 anos rebentaria a Segunda Guerra Mundial que iria mudar, uma vez mais, a face do planeta! Todos os sacrifícios e milhões de mortos, não chegaram para acalmar a ganância de alguns países reincidentes e, por isso, insaciáveis!
                                                  

Mapa da evolução do conflito

Ficheiro:World War 1.gif
O desenrolar do conflito de 1914 a 1918.
██ Tríplice entente
██ Aliados da Tríplice entente, colônias e territórios ocupados.
██ Tríplice Aliança
██ Colônias da Tríplice Aliança e territórios ocupados.

As alianças da 1ª guerra

Ficheiro:Map Europe alliances 1914-en.svg
Alianças militares europeias em 1914. A Tríplice Aliança está representada em castanho, a Tríplice Entente em verde e as nações neutras em pêssego.

Aviões aliados em França, em 1918

Vídeo produzido pelos Estados Unidos mostrando um bombardeio aos alemães.

Tanques aliados em França, em 1918


         Vídeo produzido pelos Estados Unidos mostrando tanques aliados na França em 1918.

Fotos da 1ª guerra mundial

As fotos, entre tantas outras, que na altura impressionaram e ainda impressionam o Mundo. Os aviões, os navios, os canhões, os tanques, quais bestas impressionantes, com que se aterrorizava o inimigo. As máscaras de gás, para não morrer asfixiado ou queimado. Finalmente, mais de 10 milhões de mortos, antes de se conseguir a paz.

O Brasil na 1ª Guerra Mundial

 

O Brasil, foi o segundo país de língua portuguesa a entrar na guerra e ao qual foram confiadas acções que, felizmente, não o colocaram na frente de batalha. Inicialmente neutro, foi contudo o único país da América latina a participar na guerra.

E tudo começou no mar, com vários navios brasileiros afundados pelos alemães. Mas no dia 5 de Abril de 1917, um dos maiores navios brasileiros, o vapor Paraná carregado de café, foi torpedeado por um submarino alemão perto de França e três brasileiros foram mortos. Mais tarde, foi abatido perto do Canal da Mancha. Pouco depois, outro navio foi afundado e o povo, indignado, exigiu uma resposta firme por parte do governo brasileiro, que decidiu entrar na guerra ao lado dos aliados ocidentais (Estados Unidos, Inglaterra e França).

Sem possuir meio militares relevantes, o Brasil deu o seu contributo com alguns pilotos de avião, navios militares, apoio médico e fornecimento de produtos agícolas a uma Europa dilacerada pela guerra. Ficou também incumbido do patrulhamento das águas do Atlântico Sul e algumas áres do Oceano Atlântico. No fim da guerra, teve direito a exigir da alemanha, o pagamento de indeminizações.

Os portugueses na grande batalha de La Lyz, em Abril, de 1918

Em consequência da antiga aliança existente entre Portugal e a Grã-Bretanha, o governo da altura, sobre a presidência de Sidónio Pais, sentiu-se "empurrado", para a 1ª Guerra Mundial, organizando um exército sem experiência de combate e, também, com pouca experiência no uso e manejo das várias armas, fornecidas pelos ingleses. Mas, resumidamente, é esta a história da batalha de La Lyz, práticamente desconhecida da maioria dos portugueses, nomeadamente dos mais jovens.

A batalha de La Lyz, na Flandres, Bélgica, durou apenas 20 dias. Começou a 9 de Abril e acabou a 29 do mesmo mês, de 1918.
Nesta batalha, que marcou a participação de Portugal na 1ª Grande Guerra, os exércitos alemães provocaram uma estrondosa derrota ás tropas portuguesas, o que foi a maior catástrofe militar, desde a batalha de Alcácer-Quibir, em 1578!

A 1ª Guerra Mundial e os possíveis antecedentes



Gavrilo Princip
Começou em 1914 e terminou em 1918, como todos sabem.
Em 28 de Junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono Austro-Húngaro, e sua esposa Sofia, Duquesa de Hohenberg, foram assassinados pelo sérvio Gavrilo Princip, que pertencia ao grupo nacionalista-terrorista armado Mão Negra (oficialmente chamado "Unificação ou Morte"), que lutava pela unificação dos territórios que continham sérvios. O assassinato desencadeou os eventos que rapidamente deram origem à guerra. Todas as palavras sublinhadas conduzem
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