A Batalha de Inglaterra

Um Heinkel em acção sobre Londres
Com praticamente todos os países da Europa a seus pés, prepara-se agora a Alemanha para a invasão aérea da Grã-Bretanha, que precederia a invasão por mar. A costa atlântica francesa já havia sido fortemente guarnecida, com obstáculos e bunkers espalhados pelas praias, bem como fortalecida com tropas vindas de outras regiões da Europa.

Apesar de ser dono e senhor do maior exército (na altura) do Mundo, Hitler tinha particular raiva dos ingleses, pela sua influência política no mundo, por um lado e pelo seu atrevimento e audácia pelo outro.

Bunker 
Franklin Roosevelt
 De facto, Winston Churchill na altura primeiro ministro inglês,
que já tinha passado pelas guerras de África e pela primeira guerra mundial, era um homem dotado de grande capacidade de raciocínio e uma raposa velha, no que tocava a implementação de sistemas de afrontamento aos alemães, que ele considerava não apenas nazis, mas como a pior praga que podia ter aparecido na terra.
            
Winston Churchill


 Depois havia ainda a sua ligação muito estreita com os Estados Unidos, através do seu presidente Franklin Roosevelt que, embora distanciado, inicialmente, da catástrofe que se abatia sobre
a Europa, ia sendo minuciosamente influenciado por Churchill. 

Assim, no dia 25 de Agosto de 1940, em resposta a um bombardeamento de Londres, 81 bombardeiros da RAF atacaram Berlim. Os estragos foram importantes e os berlinenses ficaram estupefactos, assim como o alto comando alemão e o próprio Hitler, que não queria acreditar em semelhante mostra de atrevimento, coragem e determinação.
Enfurecido, Hitler, prometeu uma vingança feroz, tendo dado instruções a Hermann Goering, comandante da Luftwaffe, para arrasar Londres e  bombardear tudo o que fosse possível.



A ideia era que com a destruição de Londres, o povo britânico ficasse moralmente em baixo, o que poderia ajudar a tão desejada capitulação.


A verdade é que por esta altura, primeira semana de Setembro, o comando aéreo britânico já se encontrava seriamente debilitado e quase próximo do colapso. Os alemães ampliaram os seus alvos e, além de Londres, começaram a bombardear outras cidades, com efeitos devastadores, mas que, mesmo assim, não esmoreciam o espírito de resistência do povo inglês, o que deu tempo para a RAF se recompor, a ponto de causar imensas baixas nos bombardeiros alemães, o que complicou seriamente a continuação dos bombardeamentos nazis.




 Disto, resultou a reviravolta da batalha aérea nos meses de Setembro e Outubro, provocando a primeira derrota militar táctica, mas também uma derrota política e estratégica, já que os alemães se haviam concentrado na desmoralização, em vez de obter a superioridade aérea, indispensável para uma invasão por mar.

Em consequência destes acontecimentos, no dia 20 de Agosto, na Câmara dos Comuns, Churchill proferiu a frase que ficou famosa: Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos!

A Batalha de Inglaterra ´considerada terminada em 31 de Outubro de 1940, quando o alto comando alemão adiou indefinidamente os bombardeios diurnos sobre o Reino Unido, embora os nocturnos tivessem continuado mas com menor intensidade.



Assim, em aviões de caça, a Inglaterra perdeu cerca de 1023 e a Luftwaffe, cerca de 1887 dos quais cerca de 873, eram caças.

Na defesa aérea da Inglaterra, entre 10 de Julho e 31 de Outubro, do lado britânico contaram-se 544 mortos militares, entre os quais, além de 402 aviadores britânicos, 5 belgas, 7 checos, 29 polacos, 3 canadianos e 3 neozelandeses. Os mortos alemães, incluindo os tripulantes de bombardeiros chegaram a 2698.
 . Os britânicos, tiveram o maior número de mortos civis nesta batalha, que se estimam em cerca de 40.000 mortos civis e 46.000 feridos e mutilados.

De realçar a forte tenacidade e auto-confiança do povo britânico que nunca esmoreceu, liderado por um homem inteiramente dedicado a causa da guerra e à preservação dos interesses ingleses, Winston Churchill. Apesar de tudo o que viam em seu redor estar destruído, sempre sobrava coragem para continuar a recuperar e a reconstruir.

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